sexta-feira, 8 de março de 2019

Um adeus, talvez um até breve.




Tá agora vai, não sei como começar essa postagem mas basicamente vou tentar exprimir tudo que aconteceu;  basicamente, entrei em um período da minha vida depois da postagem "mês, mês", que foi procrastinação completa na qual eu me agarrei e aos poucos fui me enforcando.

Apesar de tentar, chegar aqui e escrever o de sempre, o que eu produzia nunca era bom o suficiente pra postar, não sentia mais que o que eu escrevia tinha os meus sentimentos nem que eu estava sendo realista, não dava mais e eu tive que parar. Eu tentei ter ideias, tive muitas que eram legais até, mas nunca colocava em prática. Eu precisava de um tempo  pra respirar, por a cabeça no lugar, principalmente depois de repetir de ano.

Foi literalmente os meses de mais superação, eu chorei muito por causa de provas, entregas, trabalhos, professores e coisas mais, eu sabia que escolas federais cobravam muito esforço, sabia ainda mais ainda que eu não estava apta a fazer nada. Sim, eu praticamente entrei depressão, não me esforçava, mal estudava, via algumas séries que as vezes nem terminava, foram os períodos de tempo que eu me sentia inútil e parecia que não valia mais a pena fazer as coisas já que nada parecia bom.

Depois disso, eu percebi que ia repetir de ano, então eu comecei a fazer tudo que dava de uma vez: burlava as noites para estudar, ia para a escola virada com olheiras no rosto bem visíveis, tomava muito café para não dormir durante as aulas e até lavava o cabelo poucas vezes na semana. Não era mais uma pessoa saudável, no fim do ano eu me tornei uma maluca ansiosa que roía todas as unhas e ia pro campus como uma morta-viva.

Mesmo assim eu entrei de recuperação, quando eu soube nossa, eu me lembro que subi até o quarto andar do prédio e respirei fundo para não acabar na morte. Um amigo sempre me disse que é burrice procurar soluções eternas pra problemas passageiros. Mas na verdade quando eu olhei para o meu lado, um colega estava sem blusa dormindo lindamente no corredor, eu comecei a rir e no fundo pensei que eu poderia ser forte. Nisso, não dá pra expressar o quanto eu estudei, dia e noite, mas mesmo assim não foi o suficiente e caramba como eu fiquei devastada.

Eu me lembro, que foi um dos piores sentimentos que já tive, me senti inútil e pensei que nada que eu fizesse nunca seria o suficiente.

E é claro, que isso acabou entrando no meio dos meus relacionamentos e amizades; eu não perdi meus amigos, eles me apoiaram muito mas se afastaram um pouco por motivos aleatórios. Eu também terminei, lembro que meu namorado me ajudou muito na recuperação enfim ele foi uma parte muito boa no meu ano e não tenho muito o que dizer sobre isso e nem me sinto confortável por enquanto.

Isso não é relevante para a vida de ninguém, mas sempre usei o blog pra escrever o que eu sentisse necessidade e o que eu quisesse expressar. Achei importante escrever sobre isso, por que foi por esses acontecimentos que parei de escrever, eu me via pra baixo e não tinha vontade de postar nada aqui.
Mesmo com tudo isso que aconteceu, eu estou bem, comecei o ano de novo e agora estou me esforçando para não ter esse tipo de problema de novo.

Queria relatar, que esse blog e toda a comunidade foram essenciais para a minha formação, amadureci muito, sorri e chorei, aprendi coisas novas, pesquisei por coisas novas e adquiri muitas opiniões próprias.

Eu ainda não sei o destino do blog, queria encarecidamente me desculpar, mas nem sei pra quem eu devo me desculpar, acho que pra mim mesma.

Eu vou finalizar essa postagem deixando nesse blog, todo o carinho e amor que eu coloquei aqui na maior parte da minha adolescência e quem sabe se eu me sentir confortável daqui um tempo eu volte. Eu sinceramente não sei se ele vai ser inativo, mas infelizmente acho que sim;

Eu amo esse lugar do fundo do meu coração...

Eu amo cada pedacinho que está aqui nesse blog, muito obrigada de verdade.




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4 comentários:

  1. Se você não consegue se satisfazer com o que produz ou reconhecer o seu valor, o problema está na forma que você se enxerga, a vida não é uma corrida, não leve a ficção à sério a ponto de querer viver como um de seus personagens.

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    Respostas
    1. essa postagem é sobre um período depressivo que eu passei com 16 anos e o fim de uma fase na minha vida, não tem nada haver com personagens fictícios ou competição

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